O fenômeno da globalização perpassa todos os aspectos da vida humana, invade culturas, desvenda mistérios, derruba tabus, aproxima os mais contraditórios conceitos e nos coloca a todos num patamar comum, donde é possível socializar costumes, crenças, tabus, idéias, conhecimentos, saberes. E por essa proximidade podemos nos apropriar de costumes, crenças, idéias, saberes, antigamente estranhos e desconhecidos. É o que acontece com o conhecimento e uso de amuletos e talismãs que, em princípio são diferentes de uma cultura para outra.
O que são amuletos e talismãs?
São objetos que no imaginário popular podem trazer sorte ou proteção, garantir sucesso e imunizar a pessoa de males e perigos, sendo também atribuído a esses objetos poderes de afujentar “maus espíritos”.
Quase todas as culturas utilizam algumas formas de amuletos incorporados a sua história e tradição.
De acordo com a definição dos principais dicionários da língua portuguesa, amuleto e talismã são palavras sinônimas. No entanto, alguns pesquisadores diferenciam amuleto de talismã, entendendo que “amuleto” refere-se a objetos encontrados na natureza, enquanto “talismã” refere-se a objetos fabricados. No presente texto consideramos as duas palavras sinônimas.
Dentre os mais conhecidos podemos citar: cruzes, medalhas religiosas, figas, chaves, miniaturas de elefantes, estátua de Buda, estrela de Davi, trevos de quatro folhas, ferraduras, pé de coelho, fitas religiosas (Senhor do Bonfim), pedras semipreciosas, meia lua, estrelas ou ainda, ramos de arruda, pimenta, sal grosso, alho…
Os diferentes amuletos e talismãs variam de uma cultura para outra e são geralmente usados junto ao corpo como pingentes no pescoço, pulseiras, adornos nos tornozelo ou tatuados na pele. São também encontrados em chaveiros, anéis, bijuterias e jóias de variadas formas.
Fonte: Google
Um dos amuletos ou talismã mais popularizado atualmente é o olho grego ou olho turco. Seu uso remonta à antiguidade e originou-se na Turquia sendo mais tarde conhecido em outros países árabes, na Grécia e Norte da África. Os turcos acreditavam que esse talismã poderia livrar a pessoa do mau olhado, protegê-la da inveja e da má sorte. Teria a capacidade de atrair as energias negativas protegendo assim a pessoa dessas energias nocivas.
Esse talismã deve ser de cor azul, representar um olho humano e ser de vidro. O azul filtra as vibrações nocivas e o vidro se parte quando carregado de energias negativas, e se isso acontecer é porque ele protegeu a pessoa de algum mal. Nesse caso deve ser jogado fora, de preferência em um rio de águas correntes.
Esse amuleto ou talismã é visto em muitas situações na Turquia e em outros países árabes, e com muita freqüência também no mundo ocidental, inclusive no Brasil. Você vai encontrá-lo dentro de casa, próximo à porta de entrada, na decoração, nos carros, em jóias, bijuterias, chaveiros…
Vale ressaltar que a crença no “poder” atribuído a tais objetos está, na verdade, relacionada ao pensamento mágico e não ao conhecimento científico. É, em última análise, uma superstição. Mas, ninguém pode negar o poder do pensamento…se você crê…
Isso eu não sabia! 
Não é turco. É Egípcio.
Trata-se de um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas. Conhecido como Olho de Horus (udjat, em árabe), a imagem aparece desde o início da civilização egípcia (3 mil a.C.) e é usado até hoje.
A decoração do símbolo é inspirada no falcão, pois é uma mistura do olho humano com o olho do animal. Segundo uma lenda egípcia, o deus Horus teve seu olho arrancado e depois restaurado e recolocado através da magia. “Por esse restabelecimento da visão, o símbolo traz a idéia de vigor, força e saúde”, explica Antônio Branca Glion, egiptólogo do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “No Egito antigo, a imagem era usada tanto por vivos quanto por mortos, pois é encontrado em caixões, tumbas, lápides e até em múmias. Os mortos precisavam de vigor para quando chegasse a hora de renascer, e os vivos para ter saúde.”
Hoje em dia, o Olho de Horus adquiriu também outro significado e é usado para evitar o mal e espantar inveja (mau-olhado), mas continua com a idéia de trazer vigor e saúde. Não é difícil encontrar a imagem por aí: ela é pintada em barcos, pára-choques de carros e adereços como colares e pingentes. Há até quem prefira carregar a proteção marcada na pele: estúdios de tatuagem recebem pedidos de diários para tatuar o Olho de Horus nos lugares mais inusitados.
Olho turco ou olho grego
Acredita-se que este olho protege contra energia negativa e traz sorte. “O objeto é usado em rituais islâmicos e é curiosa a sua adoção por povos cristãos, como a Grécia e a Armênia”, esclarece Safa Jubran, professora de língua e literatura árabe da Universidade de São Paulo (USP). “Ele é encontrado em todos os países árabes, Armênia, Grécia e Irã”. É muito comum ver olhos gregos ou turcos pendurados em portas, carros ou na forma de pingentes, anéis e chaveiros.
Em turco, o olho é chamado de Nazar Bancugu. Bancugu quer dizer “conta”, de rosário. A palavra Nazar, da língua árabe e emprestada pela Turquia, significa olhar, visão. Acredita-se que quando existe algum mau olhado, o olho absorve a energia e se quebra, protegendo a pessoa da negatividade.
A forma mais comum do amuleto é o olho de vidro azul. Acredita-se que o mau olhado tem a cor azul, portanto o olho de vidro da mesma cor seria o mais eficaz em desviá-lo. Uma das teorias para a adoção do azul é o fato de se tratar de uma cor rara na população local, que tem, em sua maioria, olhos castanhos ou cor-de-mel.
Também conhecido como o Olho que Tudo Vê, o olho turco – um único olho humano cercado por feixes de luz – é símbolo do poder observador e protetor de um Ser Supremo. Ele aparece no Grande Selo dos EUA e até em alguns símbolos da Maçonaria, onde representa o Grande Arquiteto do Universo. Função semelhante de proteção foi dada ao Olho de Horus, no Antigo Egito, e ao Terceiro Olho do Buda, na Índia.
A fusão de culturas também chegou na elaboração dos amuletos. Como a região que engloba a Turquia coincide com áreas da Europa e do norte da África, onde a ferradura é usada como amuleto de proteção, na Turquia é possível encontrar uma combinação das duas. Ferraduras cobertas por pequenos olhos são as mais comuns.
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Fonte(s):
http://www.2020brasil.com.br/publisher/p…
Bom dia
Gostaria de saber onde posso comprar um colar com o “olho grego” e também uma pulseira?
Maura Alves
Olá Maura, não sei onde você mora, mas você vai encontrar facilmente bijuterias com esses motivos, em cidades onde há lojas bem equipadas, com certeza. Abraço!
Lembrando que muitos desses amuletos são feitos de resina, o que não dá a eles o poder de dissipar energia negativa, sendo assim apenas decorativos. Para que seja genuíno, precisa ser de vidro, que tem o poder de acumular a energia densa. Quando este se quebra, cumpriu com o papel dele, dissipando a energia negativa do ambiente.
Na verdade conhecido como o Olho do Diabo, só os seus adeptos e ignorantes usam, achando que isso os livrará de alguma coisa.
“Ó temporás….Ó mores”
Pela qualidade do comentário, vê-se que ignorante é esse Tresmoio. Zero conhecimento de religiões, cultura popular e história.