Essa expressão nos remete à filosofia, ciência que surgiu da necessidade do homem, já na antiguidade, analisar, compreender e explicar o mundo e seus fenômenos. Um dos primeiros filósofos foi Platão que nasceu na Grécia e viveu entre os anos 427 a.C. e 347 a.C.
Platão desenvolveu a Teoria das Idéias, segundo a qual o ser humano está em contato permanente com dois mundos: o das ideias, onde tudo seria perfeito e eterno e o mundo real, imperfeito e finito, mera cópia imperfeita do mundo ideal.
Decorrente desses conceitos temos o chamado “amor platônico” – o amor ideal, alheio a interesses, puro, casto, vivenciado à distância, sem envolvimento físico, dispensando aproximação.
O amor platônico envolve apenas uma das partes que vê no outro um ser perfeito, idealizado como aquele ser imbuído de qualidades, isento de qualquer imperfeição.
Quem vive o amor platônico se distancia da realidade, passa a confundir o mundo real com o sonho, a fantasia.
Em muitos casos, pessoas tímidas, introvertidas, adolescentes, sentindo dificuldade em se aproximar de alguém por quem sente atração, passa a viver uma fantasia, idealizando uma relação que nunca se concretiza.
Esse fenômeno é traduzido na letra de música do grupo musical Legião Urbana da qual destaco uma das estrofes:
Amor Platônico
“Eu sou apenas alguém
Ou até mesmo ninguém
Talvez alguém invisível
Que a admira à distância
Sem a menor esperança
De um dia tornar-me visível.”