Amor platônico

Essa expressão nos remete à filosofia, ciência que surgiu da necessidade do homem, já na antiguidade, analisar, compreender e explicar o mundo e seus fenômenos. Um dos primeiros filósofos foi Platão que nasceu na Grécia e viveu entre os anos 427 a.C. e 347 a.C.

Platão desenvolveu a Teoria das Idéias, segundo a qual o ser humano está em contato permanente com dois mundos: o das ideias, onde tudo seria perfeito e eterno e o mundo real, imperfeito e finito, mera cópia imperfeita do mundo ideal.

Decorrente desses conceitos temos o chamado “amor platônico” – o amor ideal, alheio a interesses, puro, casto, vivenciado à distância, sem envolvimento físico, dispensando aproximação.

O amor platônico envolve apenas uma das partes que vê no outro um ser perfeito, idealizado como aquele ser imbuído de qualidades, isento de qualquer imperfeição.

Quem vive o amor platônico se distancia da realidade, passa a confundir o mundo real com o sonho, a fantasia.

Em muitos casos, pessoas tímidas, introvertidas, adolescentes, sentindo dificuldade em se aproximar de alguém por quem sente atração, passa a viver uma fantasia, idealizando uma relação que nunca se concretiza.

Esse fenômeno é traduzido na letra de música do grupo musical Legião Urbana da qual destaco uma das estrofes:

Amor Platônico

“Eu sou apenas alguém

Ou até mesmo ninguém

Talvez alguém invisível

Que a admira à distância

Sem a menor esperança

De um dia tornar-me visível.”

ELEFANTE BRANCO

Nessas terras tropicais em que vivemos os elefantes são animais raros e importados, motivo de curiosidade nos zoológicos e circos.

No entanto, conhecemos muitos “elefantes brancos”.

Quem já não falou ou ouviu alguém afirmar: “aquela obra é um verdadeiro elefante branco”!

Temos a curiosidade de saber: como se originou essa expressão?

No Sudeste Asiático, no antigo Sião, hoje região da Tailândia os elefantes brancos, considerados sagrados, eram mantidos pelos monarcas como sinal de poder e garantia de paz e prosperidade de seu povo. Muitas vezes um amigo do governante era presenteado com um elefante branco. O agraciado não poderia recusar o presente e deveria mantê-lo com seus próprios recursos não podendo utilizá-lo em nenhum trabalho, acarretando grande despesa e preocupação.

Essa situação originou o conceito de que qualquer obra monumental que exige grandes investimentos para sua manutenção, não correspondendo a seu real valor e utilidade é considerado um elefante branco. Isso também se aplica a algum presente recebido o qual representa mais preocupação, é inútil, incômodo e indesejado.

. Você conhece algum elefante branco existente em sua região ou algum projeto nessa direção?

. Já recebeu como presente um elefante branco?

Faça sua lista…

Comer um Xis

Essa expressão nem causa dúvidas quanto ao seu significado. Está lá, em cardápios, nas placas de anúncios de lanchonetes, quiosques, bares, em diversas opções: X-salada, X- burguer, e outras mais.

Esse X, evidentemente refere-se ao cheese = queijo. Então, vamos comer um queijo?!

Temos facilidade em incorporar e aportuguesar palavras estrangeiras, e neste caso, apenas a fonética da palavra foi adotada.

Os estrangeirismos ao mesmo tempo que enriquecem o vocabulário, também criam polêmicas, sendo até motivo de projetos de leis tentando impedir esse costume.

Os motivos dos estrangeirismos podem ser históricos, socioculturais, políticos, ou modismos facilitados pela influência da tecnologia, pela globalização.

Assim, sanduíche, x-salada, hamburguer,  lanche, são termos todos aportuguesados e incorporados a nosso linguajar cotidiano.

Vejamos:

. Sanduíche – do inglês sandwich, tendo origem no costume do Conde de Sandwich (ilhas inglesas), que costumava comer carne entre duas fatias de pão, no século XVIII.

. Hambúrguer – tendo como origem costumes da cidade de Hamburgo na Alemanha que nos Estados Unidos passou a se chamar hamburg steak = bife ao estilo hamburguês.

. Lanche – do inglês lunch, que significa almoço.

E o famoso Cheese (queijo), que o brasileiro simplesmente traduz por XIS!

E assim nosso vocabulário vai se construindo, incorporando termos dos mais diversos idiomas, do latim, com certeza, do grego, árabe, espanhol, italiano, francês…

E o inglês?

Como dispensar essa língua na era da internet?

Espero resposta neste blog ou por e-mail!

Do you understand?

Expressões Curiosas: A vaca foi pro brejo!

A riqueza da língua portuguesa, em especial a nossa, brasileira, é imbatível. Seria possível escrever um dicionário especial com as expressões populares que perpassam nossa comunicação verbal.

Uma das expressões curiosas é: “Agora, a vaca foi pro brejo.” E todos entendem o significado.

Mas, nunca é demais investigarmos o significado mais objetivo.

As vacas nas pastagens, em fazendas e sítios onde pastam e se deslocam livremente, é comum que em muitas situações se embrenhem em terrenos alagados, brejos ou banhados em busca de água ou de capim mais tenro. Nessas situações muitas vezes ficam atoladas, imóveis, tornando-se difícil retirá-las daí por serem pesadas.  Para o fazendeiro o resultado é a perda do animal, prejuízo na certa.

Fica assim expressa na linguagem popular a idéia: quando algo está perdido, é irrecuperável, não tem solução, diz-se que “a vaca foi pro brejo”.

Para refletir:

 “O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice. Colhe, pois, a sabedoria. Armazena suavidade para o amanhã.”

– Leonardo da Vinci