Uma das histórias que me impressionaram e que me foi apresentada no livro de leituras “Criança Brasileira”, no antigo curso primário, foi a história do Rei Midas.
Vamos novamente à mitologia grega.
– Midas era o Rei da Frigia, na Grécia, reinou no século VIII a.C.
Esse rei viveu uma experiência impressionante.
Baco (Dionísio), deus do vinho, querendo retribuir ao Rei Midas um favor que lhe havia prestado, ofereceu a Midas o direito de escolher a recompensa que desejasse.
Midas, um rei ambicioso e que amava muito a riqueza e o poder, pediu então que lhe fosse concedido um poder especial, o poder de transformar em ouro tudo o que tocasse com suas mãos.
Baco consentiu e assim Midas, jubiloso com o poder adquirido, passou a experimentar tal maravilha. Apanhou um raminho de carvalho e esse se transformou em ouro. Juntou do chão uma pedra e a mesma virou ouro. Colheu uma maçã e aconteceu o mesmo…
Maravilhado, o Rei voltou ao palácio e ordenou que servissem um banquete para comemorar seu dom. Ao tocar no alimento percebeu o equívoco. Viu que não poderia se alimentar porque o alimento virava ouro e o mesmo acontecia com o vinho ou qualquer outro líquido. O Rei viveu então, dias infernais.
Midas tinha uma filha por quem dedicava muito amor e afeto. Vendo o pai transtornado com o que estava acontecendo, a filha foi abraçá-lo e no mesmo instante se transformou numa estátua de ouro. Nesse momento o desespero foi maior. Implorou à divindade que o livrasse de tal poder. Não queria mais o dom de transformar tudo o que tocasse em ouro…
Baco, benevolente, ouviu seu pedido e ordenou:
– Mergulhe tudo o que tocaste num rio de águas correntes e tudo voltará a ser o que era.
Midas correu e cumpriu a ordem e todas as coisas e também sua filha recuperaram a natureza primitiva.
Midas aprendeu a lição, abandonou a riqueza, a ambição, e tornou-se um seguidor de Pã, deus dos bosques.
…ambição, egoísmo, ganância, busca do poder apenas por vaidade, tirania, exibicionismo.
– Por que o ser humano não aprende com os exemplos gritantes que o cercam?
– O Poder e o Ter que nunca saciam, valem a pena?