AS FITAS DO SENHOR DO BONFIM

Quem vai à cidade de Salvador, capital do estado da Bahia/Brasil e circula pelo Centro Histórico, mergulha num ambiente repleto de símbolos, imagens, casarios, igrejas centenárias, obras de arte ao ar livre, museus, espaços e paisagens onde se apresentam baianas caracterizadas, grupos artísticos, vendedores ambulantes de cocada, acarajé e outros alimentos típicos e souvenirs.

Dentre as construções centenárias destacam-se as igrejas católicas e, segundo dados da Arquidiocese, existem 372 templos católicos em Salvador que perpetuam a história desses espaços. Dentre esses templos centenários destaca-se a Igreja do Senhor do Bonfim.

Igreja Nosso Senhor do Bonfim – Salvador/BA

Esse templo religioso está localizado na Sagrada Colina e foi construído em 1754. Nele destacam-se duas imagens célebres: a imagem do Senhor do Bonfim e a de Nossa Senhora da Guia. Imagens que foram trazidas de Portugal em 1745.

Imagem de Nosso Senhor do Bonfim – Salvador/BA

Essa igreja em especial, é também símbolo do sincretismo religioso, onde se misturam as diferentes crenças e rituais próprios de diversas religiões, isto é, junto com a tradição e rituais católicos manifestam-se as tradições e rituais de outras religiões, em especial, as afro-brasileiras.

Assim, no mês de janeiro, acontece um ritual típico que é a Lavagem das Escadarias do Senhor do Bonfim, quando grupos de baianas caracterizadas fazem um ritual nas escadarias da igreja jogando ‘água de cheiro’, flores e folhas. Essa cerimônia tem o sentido da purificação e reúne multidões de devotos que expressam a fé à sua maneira, com orações, cânticos, cortejos, procissões, fogos de artifício, comidas típicas e manifestações artísticas próprias da criatividade popular.

Festa do Senhor do Bonfm, janeiro de 2020

Uma das expressões típicas desse sincretismo religioso são as Fitas do Senhor do Bonfim. Trata-se de um souvenir e amuleto que se destina a realizar desejos.  

Criada em 1809, essa fita partiu da ideia de ser confeccionada com a medida do braço direito da imagem do Senhor do Bonfim, 47 centímetros. As fitas distribuídas aos devotos sofreram algumas modificações no percurso e na década de 1960 se popularizaram e passaram a ser muito valorizadas e difundidas. 

Essas fitas se apresentam em diversas cores, sendo que cada cor traz um significado:

– branco: paz, sabedoria, calma;
– vermelho: amor, poder, força, energia;
– verde: vigor, juventude, esperança;
– verde escuro: virilidade, grandeza;
– amarelo: riqueza, dinheiro, sabedoria;
– laranja: movimento, espontaneidade;
– azul: segurança, tranquilidade, saúde;
– rosa: beleza, saúde, sensualidade;
– rosa claro: ternura, suavidade, carinho.

Para os adeptos das religiões afro-brasileiras, há significados próprios para as cores das fitas, que representam os orixás:

– branco: Oxalá
– vermelho: Iansã
– vermelho com letras brancas: Xangô
– verde com letras brancas: Ossain  
– verde escuro ou claro: Oxóssi
– amarelo: Oxum
– azul claro: Iemanjá
– azul escuro: Ogum
– rosa: Oxumaré
– roxo: Nanã
– preto: Exu e PombaGira
– preto com letras brancas: Omulu

Nessas fitinhas coloridas está gravado: Lembrança do Senhor do Bonfim da Bahia.

Esse amuleto ou souvenir pode ser adquirido com ambulantes, próximo à igreja ou em outros pontos de venda, mas, o ideal é ganhar a fita como presente de alguém, para realizar todo o ritual da tradição. A fita, ou até mais de uma, deve ser amarrada no pulso, dando duas voltas e fazendo três nós. A cada nó a pessoa mentaliza um desejo que deve ser segredo. A fita deve permanecer no pulso até o momento em que a mesma se rompe pelo próprio desgaste, quando então serão realizados os desejos.

Outra prática é amarrar as fitas num gradil que há em frente ao templo e aí então são feitos os três nós mentalizando os três desejos.

Obs.

Essa narrativa tem como objetivo popularizar fenômenos da tradição e da cultura que, muitas vezes, fica restrito a poucos e com isso podemos somar mais uma curiosidade à questão principal desse site: isso eu não sabia!

– A base da pesquisa foi o Google endossado com a experiência obtida em viagem de turismo à cidade de Salvador – Bahia/Brasil

As imagens são compartilhadas do Google.

A FESTA DO DIVINO

Um tema curioso e envolvente.

Minhas vivências até o ano de 1995 sempre ocorreram em regiões onde predominam a colonização italiana, na Região Sul do Brasil, com as tradições religiosas típicas dessa cultura.

Ao passar a residir na região litorânea de Santa Catarina, onde predomina a cultura açoriana, algumas tradições chamaram minha atenção pelas características peculiares e por mim ignoradas. Dentre essas, a Festa do Divino celebrada nas Comunidades onde as Paróquias da Igreja Católica oportunizam esses eventos, traduzem esse misto de curiosidade e surpresa.

Festa do Divino Cortejo no centro de Florianópolis 2015

Festa do Divino Cortejo no centro de Florianópolis 2015 Fonte: Google images

Como é possível integrar a Celebração de Pentecostes, quando a Igreja Católica celebra a Vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos, após a Ressurreição de Cristo, como narra o Novo Testamento da Bíblia, com desfiles de Cortes Imperiais onde figuram Imperador, Imperatriz, Príncipes e Princesas devidamente caracterizados?

Em busca de respostas encontrei muitos registros dessas festividades, em Entidades Culturais e Religiosas, documentados por Programas impressos das Festividades, Fotos e Vídeos, nos quais fundamento minha narrativa.

Festa do Divino Corte

Festa do Divino Corte. Fonte: Google images

As Festas do Divino Espírito Santo ocorrem normalmente nos meses de maio a setembro Mesclam celebrações religiosas, folclóricas e profanas, São manifestações de religiosidade coletiva de grande simbologia trazidas pelos imigrantes portugueses provenientes do Arquipélago dos Açores em 1748.

O Ciclo das Festas do Divino nas Comunidades inicia com a saída da Bandeira do Divino em romaria pelas ruas dos bairros ou nos centros urbanos, visitando as casas dos devotos com bandeiras coloridas, ao som de tambores, rabecas, pandeiros e violas, cantorias e fogos. O ponto alto das festividades acontece na Cerimônia da Coroação do Imperador acompanhado pelo Cortejo Imperial, luxuosamente caracterizado.

Mas, fica a indagação: Qual a relação dessas caracterizações de Figuras Imperiais com os Símbolos Religiosos do Divino Espírito Santo?

FESTA DO DIVINO 2014 Festa do Divino Cortejo no centro de Florianópolis 2015

FESTA DO DIVINO 2014
Festa do Divino Cortejo no centro de Florianópolis 2015

Historiadores registram que a Festa do Divino Espírito Santo já acontecia na Alemanha, no século XII de onde se propagou pela Europa, em especial em Portugal, onde se firmou com a devoção especial da Rainha Isabel de Aragão.

Quem foi a Rainha Isabel de Aragão?

Filha do Rei Pedro III de Aragão ( do Reino de Aragão, na Península Ibérica), casou em 1282, aos 12 anos de idade, por procuração, com o Rei de Portugal Dom Diniz, que subiu ao trono aos 19 anos.

Em 1296 a Rainha Isabel, sendo extremamente devota do Espírito Santo, enfrentava um período difícil no Reino, com muitas desavenças entre os membros da Corte, principalmente entre o Imperador e seu filho Afonso, herdeiro do trono. Temendo graves consequências desses conflitos, Isabel fez a Promessa de entregar sua própria coroa à Igreja, se as desavenças acabassem e se restabelecesse a paz em sua família e no Reino.

Tendo alcançado a paz que almejava, a rainha cumpriu a palavra. Assim, na Festa de Pentecostes de 1296, a Rainha Isabel de Aragão levou a prometida coroa real à Igreja do Espírito Santo na Vila de Alenquer em Portugal. Para a entrega, formou-se uma solene procissão com nobres do reino transportando estandartes com o símbolo do Espírito Santo. Na ocasião, pessoas humildes recebiam simbolicamente a coroa e o cetro, simbolizando a instituição do Império do Espírito Santo e um grande banquete era partilhado com os mais pobres.

A Casa Real determinou então, que todos os anos nessa data fosse celebrada a Festividade. A Rainha passou a ser reconhecida como a “Rainha Santa” Faleceu em 1336 e em 1625 foi canonizada pela Igreja Católica.

A Festa do Divino Espírito Santo tem como base profundo sentido religioso, embora muitas vezes aparentando um evento do folclore, do imaginário e da fantasia, é rica em significados, quando se comemora a esperança na chegada de uma era de paz , um tempo futuro em que predomine a partilha, a solidariedade, a liberdade, a caridade, a união entre as pessoas, a PAZ, enfim, que prevaleça o Império da Igualdade.

É Festa!

Páscoa – é a mais importante festa da Igreja Católica.  A palavra “páscoa” deriva do hebraico, pesah que significa passagem. Os judeus celebravam a libertação e fuga do povo que vivia escravizado no Egito e liderado por Moisés foi em busca da Terra Prometida.

Para os cristãos a Páscoa passou a ter outro significado. Jesus Cristo foi crucificado e morto nos dias que antecederam à festa da páscoa judaica, como narra a Bíblia, e ressuscitou no domingo, passando então a significar Vida Nova, Ressurreição.

A Festa da Páscoa Cristã é uma festa móvel, isto é, não acontece sempre no mesmo dia do ano, isto porque ao ser estabelecida no Concílio de Nicéia, no ano 325 da nossa era, assim como na festa judaica, a data é determinada por um cálculo especial no calendário: ocorre sempre no primeiro domingo após a primeira lua cheia do Outono (no hemisfério Sul) e da Primavera (no hemisfério Norte). Assim, sempre vai ocorrer entre os dias 22 de março e 25 de abril. Com a determinação da Festa da Páscoa, no mundo ocidental, ficam determinadas outras datas importantes que seguem esse cálculo: o Carnaval, a Quaresma, a festa de Corpus Christi…

As comemorações religiosas são ricas em cerimoniais e significados e na atualidade outras motivações foram acrescentadas, tornando-se uma das festas que mais alegra as crianças pelos apelos do chocolate, dos ovos de páscoa, do coelho e de toda criatividade que ano após ano vem incrementando mais a data, chegando até a ser desvirtuada pelo oportunismo do comércio e do lucro.

Vale a insistência em comemorar o verdadeiro sentido da Páscoa: Vida Nova, Ressurreição, Alegria, Confraternização!

F E L I Z    P Á S C O A!

jesus

OS SETE PECADOS CAPITAIS

Por que Sete?

O número 7 é considerado, desde a antiguidade como um número misterioso, místico, especial e fascinante.  Religiões, Filosofias, Seitas, indicam o número 7 como número de poder, carregado de simbolismo, significando perfeição, plenitude, símbolo do pacto de Deus com o homem. É citado inúmeras vezes na Bíblia, iniciando com a Criação do Mundo no período de 7 dias.

Podemos destacar ainda: As Sete Pragas do Apocalipse; as Sete Maravilhas do Mundo Antigo; as Sete Maravilhas do Mundo Moderno; os Sete Chackras (pontos de energia do corpo humano); as Sete Cores do Arco-Íris; os Sete Sábios da Grécia Antiga; as Sete Notas Musicais; os Sete Anões da Branca de Neve; os Sete Dias da Semana, os Sete Pecados Capitais e as Sete Virtudes correspondentes.

São temas curiosos e portanto, merecem uma atenção especial neste Blog. Já destacamos dois temas referentes a essa lista: As Sete Cores do Arco-Íris e as Sete Notas Musicais. Vamos saber mais sobre os Sete Pecados Capitais e as Sete Virtudes correspondentes.

O que se entende por pecado?

A abordagem do tema toma como base os ensinamentos da Igreja Católica. Ao publicar o Novo Catecismo em 2005, em 9 Línguas,  a Igreja Católica, dentre muitos assuntos, define o que é pecado: “…é uma desobediência, uma revolta contra Deus…é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta…é ofensa a Deus…”

Por que Pecados Capitais?

Os pecados capitais são assim chamados porque são geradores de outros pecados, de outros vícios. O Papa Gregório I, no século VI, estabeleceu a lista dos pecados capitais e mais tarde, outros teólogos como São Tomás de Aquino substituíram alguns termos, conservando sempre a idéia de serem comportamentos e atitudes correspondentes aos instintos básicos do ser humano.

Na atualidade, segundo o Novo Catecismo foram assim enumerados: Orgulho, Avareza, Inveja, Ira, Impureza, Gula, Preguiça.

Significado:

  • 1.     O Orgulho: entendido como soberba, arrogância, desprezo pelos outros, vanglória.  Virtude correspondente: Humildade
  • 2.     A Avareza: apego excessivo aos bens materiais e ao dinheiro; transforma a riqueza em seu deus; corresponde à ganância. Virtude correspondente: Generosidade.
  • 3.     A Inveja: a pessoa invejosa não suporta que ouros estejam em melhores posições sociais, econômicas, pessoais; não se satisfaz com o que possuimas cobiça o que é do outro, tentando destruí-lo ou rebaixá-lo para se igualar ou ficar superior. Virtude correspondente: Caridade.
  • 4.     A Ira: sentimento incontrolado de raiva, ódio, rancor, gerando sentimentos de vingança. Desejo de destruir o que provocou sua ira. Virtude correspondente: Paciência.
  • 5.     A Impureza (também chamada Luxúria): desejo pessoal e egoísta dos prazeres sensuais, dominado pelas paixões, prazeres carnais, corrupção dos costumes. Virtude correspondente: Castidade.
  • 6.     A Gula: desejo insaciável de ingerir alimentos ou bebidas além do necessário. Relacionada ao egoísmo, à cobiça. Virtude Correspondente: Temperança.
  • 7.     A Preguiça: negligência, desleixo, aversão ao trabalho, entregar-se ao ócio, à vadiagem. Virtude correspondente: Diligência.

“Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.”

Paulo de Tarso

Sete Cores = Arco-Íris

A Natureza sempre exerceu grande fascínio sobre os seres humanos, desde os tempos mais remotos. Conhecer e desvendar os mistérios do Universo impulsionou a humanidade a buscar respostas frente a fenômenos incompreensíveis e enigmáticos. Dentre esses enigmas deparou-se com um fenômeno deslumbrante: a aparição do Arco-Íris.

Arco-Íris é também denominado Arco-Celeste, Arco-da-Aliança, Arco-da-Chuva, Arco-da-Velha.

O nome Arco-Iris tem explicação na mitologia grega. Acreditavam na antiga Grécia que a deusa Íris, que exercia a função de mensageira de Zeus, o deus do Olimpo, deixava um rastro multicolorido no céu para transmitir aos homens as mensagens divinas.

Para o Judaismo e Cristianismo, esse arco multicolorido significava o Arco-da-Aliança e é descrito na Bíblia. A explicação está no fato de que, logo após o Dilúvio, quando a Arca de Noé pousou sobre o Monte Ararat, Deus prometeu que nunca mais iria inundar a Terra e depois de cada chuva seu arco apareceria no céu e esse seria o símbolo da aliança entre Deus e os homens e todas as espécies vivas que existissem sobre a Terra, por todas as gerações futuras.

Com o avanço da Ciência, o fenômeno deslumbrante do Arco-Íris encontrou explicação.

Isaac Newton, físico que viveu na Inglaterra entre os anos 1642 a 1727, foi o primeiro a demonstrar como se forma o Arco-Íris. Demonstrou que a luz branca (luz do sol), é a união de todas as cores.

Num quarto escuro, Newton deixou entrar um raio de sol através de um orifício na parede, fazendo-o incidir sobre um prisma de vidro transparente que refratava, isto é, mudava a direção do raio de sol assim que ele penetrava no vidro, e depois novamente, quando passava pela face mais distante para voltar ao ar. Quando a luz batia na parede do fundo do quarto, as sete cores do espectro ficavam visíveis.

Assim acontece na natureza, cada gota de chuva funciona como um prisma.

Quando a luz do sol passa pelas gotas de chuva ocorre uma refração dessa luz que vai voltar em várias cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.

Cabe destacar que tudo o que existe absorve e reflete determinadas quantidades de luz. Assim, quando vemos um objeto azul, é porque ele absorveu todas as cores e refletiu a azul e assim ocorre com todas as outras cores. Já, quando vemos um objeto  preto, é porque ele absorveu todas as cores e se observarmos um objeto  branco é porque esse refletiu todas as cores.

O Arco-Íris é, na verdade, uma ilusão de óptica, uma miragem, porque fisicamente não existe. É possível observá-lo sempre antes ou após uma chuva, quando há muita umidade no ar.  Também pode ser visto com freqüência junto a cachoeiras e cascatas, como é comum nas Cataratas do Iguaçu, Paraná. O espetáculo acaba quando o sol muda de posição ou quando um vento forte dissipa a umidade do ar.

Muitos escritores e poetas se inspiram nesse fenômeno que encanta e deslumbra para compor poesias e obras literárias.

Destacamos:

– “Você nunca achará o arco-íris, se você estiver olhando para baixo.”
Charles Chaplin

– “Se você desejar ver um arco-íris, precisa antes aprender a gostar da chuva.”
Paulo Coelho

Fonte: Google

É Festa!

Páscoa – é a mais importante festa da Igreja Católica.  A palavra “páscoa” deriva do hebraico, pesah que significa passagem. Os judeus celebravam a libertação e fuga do povo que vivia escravizado no Egito e liderado por Moisés foi em busca da Terra Prometida.

Para os cristãos a Páscoa passou a ter outro significado. Jesus Cristo foi crucificado e morto nos dias que antecederam à festa da páscoa judaica, como narra a Bíblia, e ressuscitou no domingo, passando então a significar Vida Nova, Ressurreição.

A Festa da Páscoa Cristã é uma festa móvel, isto é, não acontece sempre no mesmo dia do ano, isto porque ao ser estabelecida no Concílio de Nicéia, no ano 325 da nossa era, assim como na festa judaica, a data é determinada por um cálculo especial no calendário: ocorre sempre no primeiro domingo após a primeira lua cheia do Outono (no hemisfério Sul) e da Primavera (no hemisfério Norte). Assim, sempre vai ocorrer entre os dias 22 de março e 25 de abril. Com a determinação da Festa da Páscoa, no mundo ocidental, ficam determinadas outras datas importantes que seguem esse cálculo: o Carnaval, a Quaresma, a festa de Corpus Christi…

As comemorações religiosas são ricas em cerimoniais e significados e na atualidade outras motivações foram acrescentadas, tornando-se uma das festas que mais alegra as crianças pelos apelos do chocolate, dos ovos de páscoa, do coelho e de toda criatividade que ano após ano vem incrementando mais a data, chegando até a ser desvirtuada pelo oportunismo do comércio e do lucro.

Vale a insistência em comemorar o verdadeiro sentido da Páscoa: Vida Nova, Ressurreição, Alegria, Confraternização!

F E L I Z    P Á S C O A!

jesus

NATAL – VIVER EMOÇÕES

Natal – essa palavra, para grande parte da humanidade, os cristãos, é muito familiar, sentimental, repleta de significados.

Mas, o verdadeiro significado de todos os símbolos que envolvem o Natal é, muitas vezes, desconhecido.

A proposta então, é ir em busca de mais conhecimentos, em busca de informações até curiosas.

Como se construiu todo esse conceito de Natal que evoluiu até nossa época?

Em meados do século IV d.C. o Papa Júlio I fixou a data de 25 de dezembro como data do Nascimento de Jesus Cristo.

Anteriormente, nessa época eram celebradas muitas festividades entre os romanos, os celtas, os germânicos, em comemoração ao início do inverno em suas regiões. E no dia 25 de dezembro os romanos comemoravam também o nascimento do deus Sol.

Assim, foi introduzida uma nova motivação para essas festividades, a celebração do Nascimento de Jesus, espalhando-se mais tarde para todo o mundo.

Em 1233, São Francisco de Assis, na região do Lácio, Itália, construiu o primeiroPresépio em argilavisando reconstituir a cena do Nascimento de Jesus para explicar às pessoas mais simples, como isso aconteceu.

Árvore de Natal surgiu mais tarde. Martinho Lutero, em 1530, na Alemanha, ao admirar os pinheiros cobertos de neve, sob um céu estrelado, quis reproduzir a cena dentro de casa, utilizando galhos, velas acesas, enfeites, firmando-se depois a tradição de ornamentar uma árvore, sendo esse costume levado a outros países pelos alemães.

Papai Noel é hoje o personagem indispensável nas Festas de Natal, um símbolo comercial presente em todas as regiões, um apelo ao imaginário de crianças e adultos de muitas gerações.  E isso se configura até como uma distorção do verdadeiro sentido do Natal, mas hoje está tão incorporado aos costumes da população  que se tornou presença obrigatória nessa data.

E como evoluiu esse personagem?

Nöel, em francês, significa Natal. Essa figura representa São Nicolau que foi um bispo do início da era cristã. Nasceu na Turquia em 280 d.C e costumava ajudar as pessoas pobres, deixando moedas,  próximo às chaminés das casas. Hoje, o dia de São Nicolau é 6 de janeiro.

Até o século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa marrom ou verde escura. Em 1886, Thomas Nast, um cartunista alemão criou uma nova imagem com roupa vermelha e branca e um cinto preto. Em 1931, a Coca Cola, numa campanha publicitária usou essa imagem e figurino, associando-a às cores do refrigerante. Assim, essa nova imagem passou a ser divulgada no mundo todo.

O Papai Noel se apresenta com nomes diferentes, dependendo do país ou da língua, vejamos alguns: na Itália – Babbo Natale; na França – Père Noel; em Portugal – Pai Natal; na Inglaterra –  Father Christmas; nos Estados Unidos – Santa Claus; na Rússia – Ded Moroz; na Argentina, Espanha, Uruguai, Paraguai – Papá Noel.

E conta a lenda que o Papai Noel mora no Pólo Norte, onde há neve eterna e em outra versão, ele reside na Lapônia – Finlândia, sendo transportado por renas voadoras. Na Lapônia existe o “escritório” do Papai Noel, onde há uma estrutura especial para receber turistas do mundo todo e para onde são enviadas cartas ao Papai Noel.

Hoje,  o Natal é uma das datas mais universais do Planeta. Essa data divide a História da Humanidade em dois períodos: antes de Cristo e depois de Cristo.

Uma Festa hoje mais voltada ao consumo, presentes, mas também à reunião das famílias e à confraternização de amigos e grupos profissionais.

Não é apenas uma festa ocidental. A partir dos anos 90, – embora no Mundo Oriental os cristãos sejam minoria – chineses, japoneses, indianos, orientais, em geral, utilizam os símbolos comerciais do Natal Cristão. Lá estão belas Árvores de Natal, Luzes, Bolas, Estrelas, Trilhas Sonoras, Papai Noel, e tudo o que diz respeito à Festa de Natal das Crianças do mundo todo, de todos os tempos, dos Católicos, dos Cristãos, do Homem moderno do século XXI.

UM FELIZ NATAL! 

Advogado do Diabo

Em muitas situações já ouvimos alguém afirmar: vou fazer o papel de advogado do diabo…

Quem é o advogado do diabo, na verdade?

Essa figura existiu na Igreja Católica até pouco tempo.

A partir de 1587 sempre que era aberto um processo de canonização de uma pessoa já falecida, mas que em vida demonstrou ser alguém de comportamento exemplar, vivendo uma vida de virtudes, de sacrifícios, de amor ao próximo, muito religiosa, era nomeado um Promotor da Fé e um Advogado do Diabo para conduzir o processo.  A própria Igreja nomeava esses advogados. O Promotor da Fé apresentava os argumentos em favor da canonização da pessoa em questão, enumerando provas de sua vida exemplar, fatos e relatos que comprovassem a santidade da pessoa,  enquanto o Advogado do Diabo devia apresentar argumentos que colocassem em dúvida a santidade do candidato. Seu papel era olhar com ceticismo o processo, procurando falhas, levantando dúvidas, exigindo a comprovação de milagres, etc. Assim, a figura de Advogado do Diabo atuou nos processos de canonização até o ano de 1983, quando o Papa João Paulo II extinguiu esse ofício na Igreja Católica. A partir dessa data houve grande aumento de canonizações, os processos se tornaram mais rápidos e assim muitos novos santos foram canonizados.

O termo “advogado do diabo” é, na linguagem popular, a pessoa que num debate, numa conversa, se coloca como crítico frente a um ponto de vista ou uma posição de outro, apresenta argumentos contrários, procura testar a veracidade do que outros estão afirmando e procura identificar erros, levantar dúvidas e provas contrárias.

Na literatura, no cinema:
Morris West escreveu um romance em 1959 tendo esse tema como pano de fundo. Uma versão para o cinema foi realizada em 1978.
Já “O Advogado do Diabo”, de 1997 (com Al Pacino e Keanu Reeves) embora leve o nome, conta outra história bem diferente…